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30 . 12 . 2016

Artigo: Gerenciar por resultados utilizando ferramentas de gestão

 

GERENCIAR POR RESULTADOS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE GESTÃO
“SEGUIR NA ATIVIDADE DEPENDE DO ALTO GRAU DE PROFISSIONALISMO”

30/12/2017

 

O uso das ferramentas tradicionais para a tomada de decisão, reportadas ao simples aprendizado ou o conhecimento empírico como base, têm sido cada vez mais questionadas e as variáveis de custo e tempo são apontadas como os principais problemas para a solução dos entraves gerenciais das empresas rurais. Considerando estes problemas, uma proposta de potencializar resultados sustentáveis nos indicadores qualitativos e quantitativos, é a gestão por resultados com o uso de ferramentas de gestão.

 

Se tratando de produção agropecuária, os “empresários rurais” hoje nominados, na maior parte dos casos, gerenciou e gerencia seus negócios e atividades, com o conhecimento empírico e experiências anteriores, com objetivo de identificar os melhores resultados, e assim seguir as determinadas recomendações. Esta etapa é de profunda importância, para que se adicione na pauta de planejamento dos negócios, os bons resultados para servirem de metas e motivação.

 

Após estar com as referências práticas de resultados atingidos pelo mercado, através do “realizado” e não do achar que determinada ação possa gerar amplo potencial como por exemplo, em uma divulgação comercial que determinado produto ou serviço lhe garanta um excelente resultado. O alinhamento começa a criar forma, pois a tarefa mais desafiadora se inicia, definida como “Planejamento e Gestão Organizada do Negócio” onde estabelece a necessidade de utilização de ferramentas de gestão para consolidar as projeções, os cenários, os estimados resultados, os desafios, as oportunidades, bem como o potencial agregado na força de trabalho.

Risco e retorno, a base se encontra nessa estratégica análise, pois se tratando de clima, questões ambientais, mercado, câmbio, operação e manejo, desafios e oportunidades, verificamos que o negócio é de extrema complexidade. Não havendo a mera chance de tratar com ausência de profissionalismo, o que define se o negócio se mantem ou não na atividade, que está inserida em um mercado altamente competitivo e de riscos iminentes.

 

Segundo TANURE (2012), para que a tomada de decisão sobre as atividades a serem desenvolvidas na propriedade seja realizada corretamente, é importante que o produtor tenha além de ferramentas de controle gerencial, uma visão sistêmica do processo produtivo. Faz-se necessário que o produtor conheça os “caminhos” que seu produto percorre suas tendências e a evolução dos produtos derivados de seu processamento. A visão sistêmica das cadeias produtivas, inserida dentro da propriedade rural é decisiva para o sucesso do empreendimento.

 

A necessidade por sistemas produtivos, eficientes e mais atrativos economicamente, gera maior objetividade na seleção dos problemas e nas suas inter-relações com as informações disponíveis. Portanto, na busca por uma agropecuária mais competitiva e dinâmica tecnologicamente, a abordagem sistêmica e softwares tornam-se instrumentos essenciais para avaliação de impactos ao processo produtivo. 

 

Alinhado ao contexto apresentado acima, a forma rápida, flexível e segura para a aplicabilidade das recomendações, sugere que os profissionais envolvidos na cadeia produtiva, sejam demandados e utilizados pelo empresário rural, ou seja, deve-se recorrer ao suporte de consultorias, técnicas e de gestão financeira, econômica e comercial, para melhor diagnosticar, planejar e executar com maior precisão, na busca por, diminuir os riscos, minimizar custos, maximizar receitas, de forma sustentável na esfera financeira, social e ambiental.  

 

O mercado estratégico no agronegócio, em média está trabalhando com projeções de cinco anos, para estabelecer planejamentos e metas direcionadas em ciclos, visto que o mercado é mundial e não existe muita segurança alimentar definida em nosso país, o que acaba trazendo esta carga que é do governo federal, para um dos principais desafios dos produtores rurais, ampliando seus custos na gestão do risco, ou seja, não ter subsídio adequado amplia-se os riscos, e por consequência minimiza a renda no campo.

 

Profissionalismo através de atitudes é o caminho que o Agronegócio brasileiro está trabalhando e direcionando, na busca de potencializar o segmento, alinhado ao anseio de investimentos em infraestrutura logística para melhorar a competitividade do mercado interno e externo. Nesta perspectiva, fica visível que o mercado agropecuário necessita se profissionalizar mais, usar ferramentas de gestão, mesurando resultados qualitativos e quantitativos.

 

O que há de mais estratégico é buscar ajuda e apoio dos profissionais habilitados à assessorar os empresários rurais, independente da fase, mas é evidente que o quanto antes, mais seguro e estratégico será. Para finalizar trago uma das frases mais conhecidas mundialmente, de um dos gurus da administração “Se você não pode medir, você não pode gerenciar” Peter Drucker.

 

Professor Universitário e Consultor Diogo Moreira
Coordenador dos Cursos de Agronegócio e Logística – Ulbra Carazinho
Consultor Executivo – Agrodex Consultoria Agro Empresarial
Analista de Prospecção de Cenários e Palestrante do Agronegócio
Especialista em Inteligência Empresarial
Especialista em Gestão do Agronegócio
Especialista em Gestão Empresarial